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5 Fevereiro/Módulo 1: Introdução às Perturbações do Desenvolvimento (9h - 13h)

Este primeiro módulo pretende fazer uma introdução a um conjunto de problemáticas do desenvolvimento, juntamente com algumas reflexões gerais sobre o processo de avaliação das mesmas. Uma das principais questões que se colocam para quem trabalha com perturbações do desenvolvimento e do comportamento é a sua concetualização e explicação teórica que poderá ajudar a compreender cada uma das situações que se colocam na prática clínica, terapêutica e pedagógica. Os processo de avaliação e de intervenção derivam de concetualizações e de modelos explicativos que devem fundamentar a prática e reforçar a compreensão de cada uma das pessoas e dos seus sistemas de vida.

Por isso mesmo iniciamos esta formação com um tema introdutório que nos serve de base para os seguintes. Temos uma visão desenvolvimentista e integrativa destas perturbações. Tentamos explicar cada uma das nossas crianças e adolescentes num modelo que para além de sistémico é baseado no desenvolvimento típico e integrador dos fatores de vulnerabilidade e de proteção que existem para cada caso. Assim tentamos num primeiro momento de formação abordar os conceitos-chave que servirão de estrutura ao pensamento que queremos reflexivo, flexível e integrador.

Neste dia, irá ser feito um enquadramento teórico sobre o conceito de problemas de comportamento e a distinção do que pode ser considerado comportamento normativo e atípico. Procurar-se-á descrever e compreender os comportamentos atípicos ao longo do desenvolvimento, diferenciar problemas de perturbações do comportamento e descrever os problemas de comportamento mais comuns nas perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

Todos os dias lidamos com famílias que procuram uma resposta no diagnóstico dos seus filhos e uma explicação para as dificuldades que têm, por vezes, há muitos anos. Conhecemos por dentro histórias de famílias que se cruzam com diversos diagnósticos e ora encontram ora perdem o rumo. Temos tido a possibilidade de, na prática clínica, descobrir que um diagnóstico na infância é uma chave que permite compreender, mas que não fecha o ciclo, que se transforma. E que um diagnóstico é um exercício de explicar e não a pessoa no seu todo.

Desta forma, pretendemos partilhar o saber sobre o tema da avaliação e do diagnóstico na infância e adolescência, do seu papel e função, das formas como se constroem os diagnósticos. Pretendemos refletir sobre a importância dos mesmos e de como por detrás de um nome, uma categoria, há um conjunto imenso de competências e vulnerabilidades que se entrelaçam e são, essas sim, a base de construção de toda a atividade clínica de intervenção, de toda a atividade de suporte ao papel familiar e à função da escola.

A avaliação é geralmente o primeiro passo de um processo de diagnóstico e de intervenção. Esta poderá ter diversos objetivos desde o despiste à intervenção propriamente dita. Para cada situação a avaliação deve ser diferenciada e socorrer-se de instrumentos próprios. Existem, porém, princípios gerais e instrumentos globais que devem ser integrados nos processos e acima de tudo utilizados no sentido do objetivo da avaliação em causa.

Ao longo da apresentação falaremos sobretudo desses princípios e de como se pode integrar um conjunto de informação numa unidade de compreensão que conduza a uma resposta integrada face aos pedidos.

 

Falaremos de tipologias de avaliação, de instrumentos-tipo, e de como analisar e integra a informação num documento específico que deve, para além de relatar resultados, ser conclusivo.

Bibliografia

  • Wilmshurts, L. (2009). Abnormal Child Psychology: A Developmental Perspective. USA: Routledge. Taylor & Francis Group

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Ana Rodrigues

Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação

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